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Vimos e Amamos

Cachorrinha doente fica tão feliz em ser adotada que não larga o novo tutor

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Fish é uma vira-latinha de apenas um ano, mas já passou por poucas e boas apesar da pouca idade. Trancada em um canil ao lado do irmão, a cachorra perdeu os pelos graças a uma infestação de ácaros na pele, mas esta semana teve uma ótima notícia. Com seu jeitinho cativante, ela conquistou um casal da Flórida (EUA) com abanadas de rabo, pedidos de colo e até um xixizinho de alegria ao rever as pessoas que seriam seus novos tutores. “Filha caçula” de um jovem casal, Fish (“Peixe” em inglês) ganhou um perfil no Instagram em que é possível notar sua recuperação. Em um dos posts, Fish se demonstra tão intregrada à nova família que simplesmente não larga o dono, em uma espécie de abraço. Fonte: Universia Uol Postado Por: Agência Cento e Vinte | Vimos e Amamos!
Comportamento do cão Daycare DogSolution Metodologia Renato Zanetti

Você precisa de uma coleira com garras para treinar cães agressivos?

Isabella
FATO: NÃO EXISTE CACHORRO AGRESSIVO (e sim COMPORTAMENTO agressivo). O colar de garra é realmente necessário para treinar cães agressivos? Se a gente acreditar que a agressividade não é uma característica do cão, e sim do momento que ele está vivendo, você não mais precisará desta ferramenta. Essas coleiras de garra, com seus pinos machucando o pescoço do cão, causam dor. Causar dor para impedir que o cão tenha um comportamento agressivo não faz o menor sentido. Esse tipo de coleira deveria ser banida do mercado. Em breve, esse objeto pode ser considerado um instrumento de tortura e maus tratos aos animais. Da mesma forma que a palmatória foi banida e é proibida. As pesquisas sobre bem estar animal estão tão avançadas que é consenso pensar que todos nós temos que mudar as formas com as quais lidamos com os animais. É uma questão moral muito séria o fato de um adestrador querer treinar um cachorro utilizando uma ferramenta que perfura a pele do animal. Agressividade não é uma característica do cão. Eu não sou uma pessoa agressiva. Mas se eu precisar defender algum ente querido, vou demonstrar um comportamento agressivo. O mesmo acontece se eu perceber que minha vida está ameaçada. Cães funcionam da mesma forma. Um cão super dócil pode se tornar agressivo. Essa agressividade é demonstrada rosnando, mordendo etc. Agressividade é algo intencional e direcionado. Se soltarmos um cachorro dentro de uma sala cheia de mulheres, homens e crianças, ele pode ir até a criança de forma intencional. Outra situação muito comum é quando um cachorrinho está embaixo de uma mesa cheia de gente e alguém mexe o pé. Ele toma um susto e acaba mordendo alguém. Ele foi reativo, e não agressivo. REATIVIDADE É TER UMA ATITUDE UM POUCO MAIS EXAGERADA DO QUE O NORMAL. É DIFERENTE DE AGRESSIVIDADE. O cachorrinho poderia ter saído correndo, mas ao tomar o susto, decidiu morder. Como quando andamos na rua e alguém tenta roubar nossa bolsa. Podemos dar uma cotovelada, de forma reativa. A agressividade é um ato intencional. FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO AGRESSIVO DE UM CACHORRO: Genética: Quais são as características de seus ancestrais? Um cão agressivo pode ter sido selecionado para brigar. Aprendizado: Como é o lugar onde ele vive? O seu entorno permite agressividade? Ambiente: Quais são os estímulos que os cães recebem do ambiente? Eles aprendem que, quanto mais feroz eles são, mais rápido eles saem de algumas situações. FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO DÓCIL DE UM CACHORRO: Genética: Geneticamente selecionado, com atitude mais dócil. Aprendizado: Seu ambiente não possui nenhum estímulo aversivo. Ele não precisa se defender de nada. Ambiente: Ele aprende que, toda vez que está calmo e tranquilo, recebe uma recompensa. Se esse cachorro dócil for colocado no ambiente do cachorro agressivo, ele pode vir a demonstrar um comportamento mais feroz. Outra situação que torna o animal agressivo é aquela em que o cachorro está com dor, com displasia, ou quando o veterinário precisa dar vacina. Agressividade não é uma característica de raça. Docilidade também não é uma característica de raça. Comportamento é questão de genética, ambiente e aprendizagem. Em especial, não podemos ignorar ambiente e aprendizagem Assim, não se deve utilizar uma ferramenta – a coleira de garras – que perfura a pele do cachorro para tentar resolver uma questão que não é exclusiva da raça, mas que é do ambiente e da aprendizagem.   RECAPITULANDO: – Se você tem um cachorro com comportamentos reativos e agressivos, esqueça essa ferramenta e foque no ambiente e no aprendizado no qual esse cachorro está inserido. – Um cachorro que sente medo tem 100% chance de morder alguém. – Um animal com dor tem uma chance alta de morder alguém. – Um cão que toma um susto provavelmente vai morder alguém.   Direitos reservados: É permitida a reprodução, encaminhamento e uso não comercial na íntegra deste artigo, desde que citado o autor. Fonte: Renato Zanetti | www.renatozanetti.com.br
Comportamento do cão DogSolution Metodologia Renato Zanetti

Como evitar que o cão destrua objetos pela casa?

Isabella
Roer objetos é um comportamento natural do cachorro. Como latir, correr, pular, fazer buraco no jardim etc. Existem dois cenários: um filhote que destróis objetos e um cão adulto que destrói objetos. Vamos primeiro falar do filhote. Seus dentinhos estão nascendo, e ele sente uma mistura de dor com cócegas. O que fazer com nosso filhote destruidor: – Dê brinquedos próprios para essa fase do cão, ou ele mesmo decidirá o que irá destruir. – Não deixe perto do filhotinho nada que ele não possa roer. – Se você tiver uma sala sem brinquedo algum, ele tem 100% de chance de errar e destruir um objeto que não deveria. – Dê atenção e brinque com o cachorro quando ele morder os objetos com os quais ele pode brincar. – Sempre supervisione a interação do seu filhote com o ambiente. – Não permita que o filhote morda sua mão, por mais divertido que isso possa ser. Isso é um grande erro! Ele crescerá acreditando que isso é um comportamento desejado. – Quando ele vier morder sua mão, tire-a da vista do cão e mostre um brinquedo. Esse objeto deve aparecer sempre antes dele ter a chance de morder sua mão. O que fazer com nosso cão adulto destruidor: – Lembrando: roer é algo natural do cão adulto também. Ele precisa ser ensinado sobre quais são os brinquedos e coisas que ele pode roer. – Enriqueça o ambiente com objetos com os quais ele possa brincar, como por exemplo, ossinhos de nylon, caixas de papelão, pedaços de coco verde etc. Dê uma chance do cão acertar. Dê atenção a ele quando ele brinca com esses objetos.   Recapitulando – Roer é um comportamento natural do cão, filhote ou adulto. – É nossa obrigação cuidar do manejo do ambiente para que o cachorro possa identificar o que ele pode e o que ele não pode fazer. – É possível ter cachorro feliz em uma casa sem objetos destruídos. – A consistência desse manejo ambiental é muito importante. Não será na primeira vez que esse treino vai funcionar. Repita todos os passos muitas vezes.   Direitos reservados: É permitida a reprodução, encaminhamento e uso não comercial na íntegra deste artigo, desde que citado o autor. Fonte: Renato Zanetti | www.renatozanetti.com.br
Comportamento do cão Metodologia Renato Zanetti

Você precisa gritar com seu cão para parecer valente?

Isabella
“Preciso mostrar quem manda nessa casa!” Mito: “o cão precisa ver o humano com o líder” Os gritos não demonstram dureza e liderança. Se você precisa gritar para liderar, você não é um líder. Os cães não nos identificam como um cachorro de duas pernas. Logo, você nunca será visto como o líder do “bando”. Se o seu cachorro responde aos seus gritos, é por medo. Isso é ruim. Se você precisa gritar para sua voz ser ouvida, é porque você falhou em buscar soluções harmoniosas. Gritar com um cachorro reforça comportamentos indesejáveis, ele acaba mandando em você. Vamos olhar do ponto de vista do cão. 80% do tempo você é legal com ele. Nos outros 20%, você dá broncas. Ele sente, então, que você é uma pessoa instável. Sabe aquele cara que fala “sou super bacana, mas não pise no meu pé”? E aquele seu amigo gente fina, mas que fica bravo quando o garçom demora para entregar o chopp no bar? E aquele outro que vive reclamando da música no restaurante e não consegue relaxar? Nenhum desses é um cara legal. Quem é super bacana, permanece sereno até quando pisam no seu pé. O mesmo acontece com as pessoas do seu trabalho. Seu chefe pode ser legal 90% do tempo, mas nos 10% que ele não é gente fina, ele te xinga e grita com você na frente dos outros funcionários. Como ficam suas emoções nesse momento? Você fica com receio de errar e de dar sua opinião. Qual é o ambiente de trabalho ideal? É aquele que você sabe exatamente o que esperar. É possível ter controle total do ambiente ou das pessoas? Não, pois as pessoas são seres humanos que podem errar eventualmente. Melancolia e nervosismo são emoções humanas. No entanto, a variação emocional não pode se tornar um padrão. Em um minuto estou bem, em outro estou mal. Isso não é bom. Imagine o impacto que esta variação emocional tem no seu cão. Hoje ele pulou em você, e você brigou com ele. Mas, estranho… ontem ele fez a mesma coisa e você não brigou! Ah, é porque hoje você está arrumado para sair. Pois é, ele não tem obrigação de entender isso. Tem hora que ele faz xixi no tapete, e nada acontece, pois ninguém viu. No minuto seguinte, só do cachorro olhar pro tapete, você grita com ele. O cachorro pensa “o meu tutor é louco”. Do ponto de vista do seu cão, você é instável emocionalmente. Ninguém quer conviver com uma pessoa assim. Seu cachorro não tem a opção de ir tomar cerveja com os amigos, para espairecer. Imagine como é estar em uma casa com um casal e filhos, onde todos querem ser os durões. Esse cachorro não sabe mais o que faz. Orelha para trás, cabeça baixa, se esconder, são sinais de um cachorro com medo, e não de um cachorro que responde positivamente a gritos. Se ele demonstrar um desses comportamentos, não significa que ele sabe que fez coisas erradas. Significa que você estressou seu cachorro. Se os gritos funcionassem, jamais ele repetiria os atos que geram os gritos. Mas o cachorro volta a fazer as mesmas coisas. Baseado em que falo isso? No meu relacionamento com minha cachorra e com os outros 40 cães que frequentam o Dog Solution. Lá, ninguém precisa fazer papel de durão.   Recapitulando: Gritos são sinais de instabilidade emocional, e não de liderança. Não é natural que cães sejam liderados por humanos. Gritos geram medo e não respeito ou aprendizado nos cães. É preciso buscar soluções harmoniosas.   Direitos reservados: É permitida a reprodução, encaminhamento e uso não comercial na íntegra deste artigo, desde que citado o autor. Fonte: Renato Zanetti | www.renatozanetti.com.br
DogSolution Metodologia Renato Zanetti

Dicas para aproveitar o verão com os cães de forma saudável

Isabella
Com o verão chegam as altas temperaturas e a necessidade de ter mais cuidados com os cães, afinal, eles sentem muito calor e correm risco de sofrer com a hipertermia . Mesmo assim, a época ainda é ideal para praticar atividades ao ar livre com o seu cachorrinho de estimação. Passeios no parque, na rua, no quintal é sempre uma boa pedida para garantir o bem dele. O verão é uma ótima época para passear com cachorro ao ar livre Se tudo for bem planejado e praticado da maneira correta, só haverá diversão. Pensando nisso, o zootecnista e especialista em comportamento animal, Renato Zanetti listou algumas dicas para que possa se divertir muito com o seu bichinho no verão . Confira: Preocupação com o sol A principal e que a maior parte das pessoas já sabem é não sair de casa em horários de sol forte (entre 10h e 16h) quando, tanto o ambiente quanto o chão, estão muito quentes. Nestes horários, o risco de o cão queimar as patas (coxim) ao andar no asfalto ou calçada (mesmo para curtos passeios) é bem grande. Sem contar que o animal é atingido tanto pelo raio de sol que incide sobre ele, como o que reflete no chão. Vale lembrar que cães com focinho curto sofrem ainda mais com os dias quentes, já que possui uma troca de ar para regular a temperatura prejudicada pela anatomia. Passeie apenas nos horários mais frescos. Garantir água fresca em abundância, tanto durante os passeios, quanto em casa é essencial. Mar e piscina É importante ter muito cuidado com as primeiras vezes do cão em contato com o mar, pois ele pode se sentir desconfortável com a novidade (como barulho, movimentação das ondas, espuma da água, muitas pessoas por perto). Nunca force o animal a nadar por longas distâncias se ele não estiver acostumado. Atividade física num novo ambiente precisa ser prazerosa e, não, um suplício. Na piscina, garanta que ele consiga sair da água para evitar problemas. Certifique-se de há escada ou rampa de fácil e livre acesso. Mesmo assim, um adulto deve estar sempre por perto. O acúmulo de sal do mar ou cloro da piscina pode ser irritante à pele do seu cão. Assim, o excesso deve ser removido com água doce. Seque o animal após atividades aquáticas para evitar fungos e outras dermatites. Areia de praia, grama e terra Escove diariamente o pelo do seu cão quando ele tiver contato com areia e terra. O acúmulo de areia da praia ou terra do campo na pele pode ser irritante e seu excesso precisa ser removido. Pelos e pele Atividades ao ar livre expõem o cão ao vento, água do mar, piscina, areia, grama, etc. Desta forma, é importante ter atenção especial para minimizar os efeitos do acúmulo de sujeira. Assim, dê banhos regulares e realize escovação diária. Pelos longos merecem cuidados maiores, pois o risco de embaraçar é maior se comparado com os pelos curtos. Mas ambos os casos merecem atenção redobrada após atividades ao ar livre. Sempre proteja seu animal com protetor solar em áreas claras ou sem pigmentação. O risco de câncer de pele é iminente. Doenças típicas do verão A atenção deve ser especial à prevenção contra pulgas e carrapatos, pois áreas ao ar livre podem receber outros cães e outras espécies (como cavalos ou animais nativos, por exemplo) aumentando-se o risco de infestação. Observe casos de diarreia e vômitos (provenientes de viroses, ou por ingestão de água do mar ou da piscina, com cloro). Ambos devem ser tratados pelo médico veterinário. Viagem de carro Em qualquer estação, mas pior ainda no verão, não deixe seu cão dentro do carro com os vidros fechados e sem ventilação. Aquela rápida “corridinha” até o mercado pode ser fatal. O cão fica sem oxigênio, o ambiente externo produz calor e a consequência, caso a situação fique crítica dentro do carro, é fatal. Em viagens longas, vale realizar paradas periódicas para seu amigo esticar as pernas, hidratar-se e fazer suas necessidades. Apoio veterinário Antes de pegar a estrada com seu cão, leve-o para uma consulta com seu médico veterinário de confiança. Algumas regiões do país exigem que o animal esteja protegido contra certas doenças. Aproveite esta consulta veterinária, atualize a carteirinha de vacinação do seu amigo e viaje com segurança neste verão. Direitos reservados: É permitida a reprodução, encaminhamento e uso não comercial na íntegra deste artigo, desde que citado o autor. Fonte: Renato Zanetti | www.renatozanetti.com.br
Comportamento do cão Metodologia Renato Zanetti

Comportamento dos cães é mais influenciado pelos donos do que pela genética, afirma especialista

Isabella
‘Cara de um, focinho do outro’? Entenda as razões por trás desse ditado popular Muitas vezes, na relação entre donos e seus cães, é comum ouvir: “cara de um, focinho do outro”. Pelo menos do ponto de vista comportamental, é quase isso. Estudos mostram que a maior parte das influências sobre o comportamento dos cachorros domésticos vem dos seus donos. De acordo com um especialista em comportamento animal, o zootecnista Renato Zanetti, existem três motivos científicos que explicam as atitudes e costumes de cães domésticos – destes, dois são influenciados diretamente pelos donos. Os motivos são a genética, o ambiente e o aprendizado. Ou seja, dos três, apenas a genética, claro, não sofre influência dos donos. Segundo Zanetti, mesmo que um cão tenha uma personalidade mais agitada, por exemplo, os hábitos dos seus donos irão influenciar no comportamento do animal no convívio diário. “Digamos que, de uma ninhada, o seu cachorro é o mais agitado: não há o que fazer, essa é uma característica dele que não vai mudar. Mas se a sua casa é calma, o seu cachorro vai aprender que toda vez que ele ganha carinho ele deve ficar mais sossegado”. Assim, explica o especialista, a influência sobre o animal é de “dois para um” – duas características impostas pelos donos, o ambiente e o aprendizado, contra a genética. “É por isso que a gente brinca que o cachorro é a cara do dono”, elucida. Pela internet, existem vários estudos, fotos e até mesmo memes de cães que são, além de comportamental, fisicamente semelhantes aos seus donos. De acordo com Zanetti, essa semelhança na verdade não é adquirida, e acontece no momento de compra ou adoção do cachorro. “Isso tem, na verdade, a ver com a sua predisposição para escolher determinadas raças, que sejam semelhantes a você próprio”. Direitos reservados: É permitida a reprodução, encaminhamento e uso não comercial na íntegra deste artigo, desde que citado o autor. Fonte: Renato Zanetti | www.renatozanetti.com.br
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Genética e ambiente podem deixar cão a ‘cara’ do dono, diz especialista em comportamento

Isabella
Dono agitado, cão agitado. Dono sossegado, cão sossegado. O comportamento do tutor pode refletir nos pets. E há explicação para isso: genética, ambiente e aprendizado. Segundo Renato Zanetti, zootecnista e especialista em comportamento animal, esses três fatores determinam o temperamento do cachorro e fazem com ele fique a parecido do dono. “Um ambiente calmo e que reforce esta característica do cão promoverá um comportamento calmo. Em um ambiente caótico, no qual o caos seja recompensado, não há como esperar algo diferente dos cães. Como comparação, vamos imaginar o que acontece entre pessoas: em uma família com muitos gritos, sem controle e na qual ganha mais quem chora mais, são enormes as chances de termos crianças agitadas e manhosas. O oposto também é verdadeiro”, afirma. As semelhanças entre os animais e seus donos incluem reações, manias e expressões. “Quando afirmamos que ‘o cão é a cara do dono’ estamos nos referindo exclusivamente a questões comportamentais. Não há nenhuma evidência de que a semelhança seja física.” “Se, de uma ninhada, você escolher um cão esperto, destemido e brincalhão, consequentemente ele tem uma genética muito ativa. Se a sua família é animada, que sempre brinca e mantém interatividade constante com o pet, ele também terá o fator ambiente, que faz com que ele continue elétrico. Logo, o cachorro aprende que sempre que fizer uma ‘baguncinha’ ele terá interações e bons momentos com os membros da família”, explica. No entanto, Zanetti ressalta que esse mesmo cão geneticamente ativo pode ter outro tipo de comportamento, de acordo com ambiente e perfil do dono. “Imagine que este mesmo cão vá morar numa casa com um casal de idosos, com baixa interação física e pouca interatividade. Toda vez que o cão fica quietinho no colo e no sofá, enquanto o casal assiste à TV, por exemplo, ele recebe carinho e outros estímulos. O ambiente é o mais pacato possível, e o cão aprende que sempre há uma recompensa quando está calmo. Ele é o mesmo cão geneticamente ativo, mas em ambientes e aprendizagens diferentes”, diz. Foto: Ines Opifanti Direitos reservados: É permitida a reprodução, encaminhamento e uso não comercial na íntegra deste artigo, desde que citado o autor. Fonte: Renato Zanetti | www.renatozanetti.com.br
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7 dicas para deixar sua casa mais divertida para os cães

Isabella
Os parentes mais próximos dos cães são os lobos cinzas. Isso quer dizer que eles têm necessidades semelhantes. Não é pelo fato do cão estar dentro de casa, que ele deve passar o dia dormindo ou comendo. Veja como deixar sua casa mais divertida para seu cachorro. O conceito de enriquecimento ambiental surgiu para alegrar a vida dos animais de zoológico e dos ratos de laboratório. Com muita energia e pouco costume de ficar em local fechado, sem ter o que fazer, esses animais começaram a apresentar problemas de comportamento, como estresse, destruição, agressividade, movimentos estereotipados (pacing) e até depressão. Muitas vezes, esses desvios de comportamento desencadeavam doenças. Assim, pesquisadores começaram a levar itens da vida natural de cada espécie, para dentro do recinto do animal, afim de tornar este ambiente o mais próximo ao natural. Todas as espécies, passam grande parte do seu dia forrageando (procurando/caçando comida). Com isso, eles todos seus sentidos são estimulados (olfato, audição, tato, paladar e visão) e há o desenvolvimento cognitivo, através dos desafios de cada dia Bill/Creative Commons Para provar a importância do enriquecimento ambiental, basta ver a alegria de um urso ao receber um enorme picolé, recheado de peixe e frutas. O orangotango voltou a apresentar comportamentos naturais da espécie, quando seu recinto ganhou cordas (imitando cipós) e plataformas elevadas. A onça subia com agilidade a árvore, para pegar o pedaço de carne que estava lá no alto. Smithsonian’s National Zoo/Creative Commons Para nós, sedentários, a alegria é sentar na frente do sofá, com comida a mão e um bom seriado. Ao pensar assim, extrapolamos esse desejo de preguiça ao cão. Mas será que o sonho dele é dormir o dia todo e ter uma vasilha cheia de ração para comer durante o dia? O zootecnista, especialista em comportamento animal, Renato Zanetti, provou que cães saudáveis e felizes são aqueles que têm desafios todos os dias. “Oferecer brinquedos e estímulos aos cães, aumenta a chance dele desenvolver comportamentos naturais da espécie, os quais são fundamentais para a saúde mental e bem estar.” reforça. Sabe aqueles probleminhas comuns em todos os lares com cães? Destruição, latidos excessivos, obesidade, agressividade, medo em excesso, falta de apetite e compulsões podem ser atenuados e até solucionados com mudanças simples na rotina. “Se o cão destrói o sofá ou rouba uma comida da pia, ele está buscando coisas para tornar o dia dele mais legal, para se livrar do tédio. São comportamentos naturais do cão, mas com coisas que não são para ele” ensina Zanetti. Confira as dicas de como melhorar o dia a dia do seu peludo Evite dar comida no pote Procure brinquedos que liberem a ração aos poucos. Isso fará com que o cão passe mais tempo comendo, se divirta e tenha estímulo mental. Ele utilizará o faro e solução de desafios, como seria necessário em um habitat natural. Mais tempo brincando, é menos tempo lambendo a pata, latindo ou roendo seu sofá. Estimule o olfato do cão Ficar em casa é extremamente entediante para um cão. São sempre os mesmos cheiros, a mesma rotina… É importante sair para passear para que ele veja outros cães, aprender a lidar com situações diversas e sentir diversos cheiros na rua, postes e matinhos. Fazer uma horta em casa, ajuda a estimular o olfato do cão. Use hortelã, erva doce, manjericão e salsão. Além de um ótimo aroma, seu cão poderá dar umas mordidinhas, se quiser. Brinque de caça ao tesouro Ao invés de dar o petisco na boca do cão, esconda dentro de uma caixa de papelão, ou esconda pela casa (atrás do sofá, embaixo da mesa, etc). Além dele utilizar o olfato para procurar, vai precisar empurrar objetos para alcançar o que deseja. Com isso, ficará menos tempo executando aqueles comportamentos indesejáveis. Outra opção, são os quebra-cabeças (tabuleiros) para cães, com diferentes níveis de dificuldade. Amarre o brinquedo em local mais alto Quando compramos um brinquedo novo, chegamos em casa e já entregamos ao cão. Ele leva uns 3 a 5 minutos para destruí-lo. Ficamos frustrados, como se o cão não tivesse gostado do brinquedo. Na verdade, ele gostou tanto, que brincou até acabar a diversão. Para aumentar o tempo de brincadeira, amarre o brinquedo em algum local mais alto, como uma corda presa no teto. Ele gastará mais tempo para pegar o brinquedo, e então destruí-lo. Aumente os estímulos sensoriais Como os cães tem os coxins (almofadinhas) grossos na pata, não nos preocupamos com o tipo de piso. Apesar das patas dos cães não terem a mesma sensibilidade que nossos pés e mãos, é importante lembrar que eles também precisam de diferentes sensações e estímulos. Além daquele tapete da sala, é importante que o cão tenha outros tipos de chão para pisar. Grama, asfalto, rampas, escadas, pedrinhas, água e até grades são formas de aumentar as possibilidades de desafios diários, para que o cão fique mais tranquilo e saiba lidar com qualquer situação. Ofereça alimentos com diferentes consistências Além da ração, você pode oferecer alimentos naturais para seu cão (N-A-T-U-R-A-I-S-!), como cenoura, maçã, pepino japonês, coco verde, abobrinha, beterraba, melancia e melão. São texturas diferentes, para que aprenda a mastigar qualquer tipo de alimento. Você pode até oferecer sorvete para eles. Evite dar comida humanas, como pão, pizza, etc. Se preferir, faça um biscoito natural para ele. Permita que seu cão brinque com outros cães Uma das melhores e maiores diversões é a brincadeira com animais da mesma espécie. Além de se divertirem, os cães aprendem a se comunicar com seus amigos cães, através de linguagem própria da espécie. Por isso, busque parques e praças cercados, para soltar seu cão. Outra possibilidade, são os daycares ou creches para cães. Pesquise locais que busquem desenvolver todos os sentidos dos cães, não apenas a socialização. Muitas pessoas acreditam que dar desafios para os cães é judiar deles. O médico veterinário Dalton Ishikawa, idealizador da Pet Games, é veemente ao afirmar que os desafios fazem parte do dia a dia de qualquer animal. “Muitas vezes a indicação desse tipo de brinquedo é feito por profissionais. O leigo acredita que utilizar esses brinquedos é judiar do animal. É preciso dar possibilidades para os cães forragearem e brincarem” esclarece Dr. Dalton. Ao oferecer brinquedos e desafios que estimulem o comportamento de forrageamento (busca pelo alimento), você minimiza possíveis problemas de saúde e também os comportamentais. Pode não ser a solução de todos os problemas, mas é uma ótima ferramenta para ajudar a melhorar a rotina do cão. “Ao mesmo tempo que nós vemos muitos tutores humanizando os cães, também observamos a busca de brinquedos que agreguem diversão e desafio
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Por um mundo com menos obedientes-objetos-comandados e mais cães-amigos

Isabella
Durante anos, a palmatória foi instrumento persuasivo utilizado por inúmeros educadores, escolas e sistemas de ensino. Artefato de madeira, geralmente formado por um círculo com uma haste, tinha como objetivo castigar Dog alunos indisciplinados e acelerar o aprendizado. O uso de tal ferramenta foi abolido tanto no Brasil, quanto em boa parte do mundo. Mais além, utilizar qualquer punição física no âmbito escolar passou a ser considerado crime. Na seara doméstica, processo semelhante tem sido observado. No Brasil, desde 2014 vigora Lei que proíbe pais de aplicar castigo físico ou tratamento cruel ou degradante para educar filhos. Conhecida informalmente como Lei da Palmada, ela determina que pais que agredirem filhos devem receber orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de advertência. Ou seja, devem buscar outro modo de educar seus filhos. Longe de contestar o mérito da Lei, está havendo uma mudança na forma como as pessoas se relacionam, aprendem e educam. Via Lei, via bom senso, pouco importa. O fato é que não é mais tolerável agredir (física ou moralmente) para educar, pois formas positivas e construtivas foram identificadas e são aplicadas com sucesso. Migrando para o mundo animal, movimento semelhante tem sido observado. Métodos aversivos de relacionamento e punições positivas, gradualmente, têm sido substituídos por formas agradáveis de educação. O uso de choque, tranco, grito e formas variadas de intimidação com objetivo de se obter uma resposta comportamental têm se tornado tão bizarros quanto à palmatória do século passado. Falando de cães, não faz sentido se valer de métodos que se opõem a um relacionamento baseado na confiança, se o desejo é educar, ensinar, envolver, conquistar e cuidar do nosso animal-melhor-amigo. A respeito da relação histórica que desenvolvemos com os cães, que tal observarmos atitudes rotineiras, mas com um viés mais amigável? Podemos começar questionando 3 expressões de uso comum, mas com sentido totalmente oposto ao desejado pelas pessoas: 1. Dono 2. Comando 3. Obediência Dono – Quando alguém se refere ao vínculo entre pessoas e cães, diz-se que somos os donos dos cães, não se dando conta que objetos, coisas e ferramentas é que estão sujeitos a donos. Parece pouco, mas tratar a relação desta forma imprime um sentimento de autoridade sobre o próximo. Somos donos dos nossos amigos? Comando – Ao pedido para o cão fazer algo (sentar-se, por exemplo), dá-se o nome de comando. Será que o cão espera de nós comandos? Pior é que, na maioria das vezes, este ‘comando’ é envolto por um tom duro e autoritário visando acato imediato. Não seria mais afável uma solicitação, um pedido para fazer algo que gerasse satisfação ao cão? Obediência – Do cão, espera-se obediência, correto? O Dicionário Michaelis define obediência como ‘submissão à autoridade legítima’. Antes de se fomentar uma relação de autoridade e submissão (neste contexto, nada relacionado à errônea ideia de submissão como oposto à dominância), deve-se estabelecer os critérios desejáveis para uma convivência agradável e duradoura. Não é isso o que fazemos com amigos! Em caso de sucesso, sequer é necessário esperar obediência. Colhe-se, apenas, o resultado de um bom convívio sob o mesmo ambiente. Grandes alterações em padrões de comportamento vêm de pequenas mudanças. Rever os princípios de como pessoas se relacionam com cães pode resultar numa forma mais harmoniosa de convívio, excluindo-se a relação de posse, força e imposição de vontades. Ao invés de obedientes-objetos-comandados, teremos a companhia de cães-amigos. Direitos reservados: É permitida a reprodução, encaminhamento e uso não comercial na íntegra deste artigo, desde que citado o autor. Fonte: Renato Zanetti | www.renatozanetti.com.br